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Prisão de chefes da milícia de Curicica enfraquece disputas entre grupos criminosos na Zona Oeste, diz polícia

Os delegados responsáveis pela prisão de Claudio Cesar Rocha e Anderson Ferreira de Oliveira

Os delegados responsáveis pela prisão de Claudio Cesar Rocha, o Cara de Ferro, e Anderson Ferreira de Oliveira, o Andinho, apontados como chefes de uma milícia que atuava na Zona Oeste do Rio, afirmam que a ação é importante no processo para acabar com a guerra entre milicianos na região e trazer paz para a população.

Os dois foram presos quando estavam em uma casa noturna em Curucica no fim da madrugada desta quarta-feira (24). Dois seguranças que reagiram a ação dos policiais morreram em confronto.

A operação foi das delegacias da Penha (22ª DP), de Brás de Pina (38ª DP), de Repressão a Entorpecentes (DRE) e de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).

Importância da ação

"Além de enfraquecer [a milícia], ela arrefece uma guerra que está em plena vigência, fazendo com que territórios não sejam invadidos e que a população não seja vítima desse grupo", disse o delegado João Valentim, titular da Draco.

Rivais de Luiz Antônio da Silva Braga (Zinho)

Os delegados responsáveis pelas prisões destacaram que os milicianos presos são rivais de Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, que se entregou à Polícia Federal em dezembro do ano passado.

Relação com o tráfico de drogas

Uma das características do grupo desarticulado nesta quarta-feira (24) é a relação com o tráfico de drogas. "Esse grupo vinha sendo monitorado e o segundo da milícia [Andinho] era vindo do tráfico de drogas", afirmou Valentim.

Apreensões e cruzamento de dados

Com informações de inteligência, os agentes descobriram a localização dos dois. Durante a abordagem, os seguranças que estavam com eles reagiram e houve tiroteio. Dois deles foram baleados e morreram.

A força-tarefa apreendeu 2 pistolas, 2 fuzis, 2 granadas, centenas balas para fuzil e pistolas e dezenas de carregadores.

De acordo com os delegados, já existia um trabalho de articulação e monitoramento do grupo entre várias delegacias. "Foi um trabalho de cruzamento de dados. Soubemos, com certeza, que eles estavam lá nesse local, e as equipes se deslocaram para a captura", disse o delegado Pedro Cassundé, da DRE.

Procurados

Segundo as investigações, Cara de Ferro é o chefe da milícia de Curicica, e Andinho, o segundo no comando.

Andinho estava foragido da Justiça e vinha sendo procurado desde 2013, após a fuga em massa do Instituto Penal Vicente Piragibe, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu ? pelo menos 30 detentos escaparam pelo esgoto.

Na ocasião, Andinho era vinculado ao Comando Vermelho, sobretudo na Cidade de Deus. Ele deixou a facção desviando armamento e dinheiro e se aliou a milicianos da região de Curicica.

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