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Bahia Folia Especial Ilê Aiyê 50 anos: qual música do primeiro bloco afro do Brasil melhor representa o carnaval?

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Ilê Aiyê: 50 anos de exaltação ao povo preto e luta contra o racismo no Brasil

Em novembro de 1974, nasceu na Bahia um dos maiores símbolos de exaltação ao povo preto. O Ilê Aiyê, primeiro bloco afro do Brasil, é muito mais que uma agremiação carnavalesca. Representando uma referência nacional na luta contra o racismo e na preservação da herança cultural deixada por africanos escravizados no país, o Ilê Aiyê possui também projetos sociais que promovem a conscientização e o fortalecimento das gerações.

Neste ano, durante a folia momesca, o Ilê Aiyê inicia uma série de atos para celebrar suas cinco décadas de fundação. O objetivo é oportunizar e inspirar milhares de negras e negros a protagonizarem suas próprias histórias.

Para homenagear o "Azeviche da Liberdade", como o Ilê Aiyê é conhecido, a TV Bahia juntamente com o bloco afro lançam uma edição especial do troféu Bahia Folia. O público terá a oportunidade de escolher a música do grupo que melhor representa o carnaval, através de uma seleção de 15 canções que se tornaram emblemas da negritude, não só na festa, mas também na Música Popular Brasileira. A seleção das músicas contou com a aprovação de Antônio Carlos dos Santos, o Vovô do Ilê, fundador e presidente do bloco afro.

Confira, por ordem alfabética, as músicas que concorrem ao troféu Bahia Folia Especial Ilê Aiyê 50 anos:

  • A bola da vez (composição de Joccylee e Toinho do Vale)
  • A força do Ilê (composição de Julinho Pirrô e Beto Jamaica)
  • Alienação (composição de Sandro Teles e Mario Paim)
  • Charles Ilê (composição de Carlinhos Brown)
  • Coisa de nego (composição Guiguio e Marquinhos Marques)
  • Corpo excitado (composição de Reizinho)
  • Comando doce (composição de Juracy Tavares e Ulisses Castro)
  • Depois que o Ilê passar (composição de Miltão)
  • Deusa do Ébano (composição de Geraldo Lima)
  • Herança e crença (composição de Julinho Magaiver e Marco Poca Olho)
  • Ilê pérola negra (Guiguio, Rene Veneno e Marquinhos Marques)
  • Negras perfumadas (composição de Marito Lima, Lafaiete e Milton Boquinha)
  • Negrume da noite (composição de Paulinho do Reco e Cuiúba)
  • O mais belo dos belos - O Charme da Liberdade (composição de Guiguio, Adailton Poesia e Valter Farias)
  • Que bloco é esse (composição de Paulinho Camafeu)

Essas músicas representam a essência do Ilê Aiyê e a história de luta e resistência do povo preto no Brasil. Com mensagens fortes e conscientes, elas promovem a valorização da cultura afro-brasileira e destacam a importância da igualdade racial.

O Ilê Aiyê surgiu em um momento crucial da história do Brasil, quando a luta por direitos e reconhecimento era cada vez mais necessária. Ao longo dos anos, o bloco afro se consolidou como um importante instrumento de mobilização e transformação social, desenvolvendo projetos que visam promover a inclusão e a autoestima da comunidade negra.

Com o passar do tempo, o Ilê Aiyê se tornou uma referência na cultura baiana e brasileira, conquistando prêmios e reconhecimento nacional e internacional. Sua atuação vai além do Carnaval, abrangendo ações educativas, sociais e culturais que visam fortalecer a identidade e a autoafirmação do povo negro.

O troféu Bahia Folia Especial Ilê Aiyê 50 anos é uma forma de homenagear essa trajetória de sucesso e exaltar o papel do bloco afro na luta por igualdade e valorização da cultura afro-brasileira. Ao escolher a música que melhor representa o carnaval, o público também está reconhecendo a importância do Ilê Aiyê e contribuindo para a valorização das raízes africanas no Brasil.

Em suas cinco décadas de existência, o Ilê Aiyê deixou um legado de resistência, afirmação e empoderamento. Hoje, milhares de negras e negros encontram no bloco afro uma inspiração para se reconhecerem como protagonistas de suas próprias histórias e para lutarem contra a discriminação racial. O Ilê Aiyê é muito mais que um bloco de carnaval, é uma verdadeira escola de vida e de consciência social.

Que venham os próximos 50 anos de glória do Ilê Aiyê, com sua música contagiante e sua mensagem de amor, igualdade e liberdade para todos os povos.

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