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Polícia prende membros de quadrilha que dopavam investidores para roubar criptomoedas

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O Ministério Público do Rio de Janeiro deflagra a Operação Medelín em busca de grupo que dava golpe ?Boa Noite, Cinderela? para roubar criptomoedas de vítimas

Nesta sexta-feira (8), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagrou a Operação Medelín com o objetivo de desmantelar um grupo de brasileiros e estrangeiros que utilizava aplicativos de relacionamento para buscar vítimas e aplicar o golpe do 'Boa Noite, Cinderela' com o intuito de roubar suas criptomoedas. O comunicado oficial ressalta que o grupo foi localizado por meio de técnicas avançadas de rastreio de criptoativos. A operação contempla a execução de cinco mandados de prisão e cinco mandados de busca e apreensão na cidade de São Paulo.

O sofisticado esquema dos golpistas

Conforme informações fornecidas pelo MPRJ, o grupo de golpistas empregava estratégias sofisticadas em todas as etapas do esquema. Inicialmente, eles conheceram suas vítimas por meio de aplicativos de relacionamento, nos quais, por meio de conversas aparentemente banais, descobriam se elas investiam em criptomoedas ou não.

Composto por homens e mulheres, o grupo marcava encontros com as vítimas, dopando-as durante o processo. Esse método é popularmente conhecido como 'Boa Noite, Cinderela'. Uma vez que as vítimas estavam desacordadas, os golpistas tinham acesso aos seus smartphones e transferiam as criptomoedas para suas próprias carteiras. De acordo com o MPRJ, os criminosos também demonstraram conhecimento avançado sobre criptomoedas, ocultando os ativos subtraídos.

"A malta, formada por mulheres e homens, brasileiros e estrangeiros, se valia de aplicativos de relacionamento para se aproximar das vítimas", afirmou o MPRJ. "Passando-se por entusiastas do mercado de ativos virtuais, em conversas aparentemente banais, os roubadores identificavam possíveis vítimas e marcavam encontros."

Prisões e investigação

A Operação Medelín resultou na emissão de cinco mandados de prisão e cinco mandados de busca e apreensão na cidade de São Paulo. Segundo informações divulgadas pelo G1, quatro indivíduos já foram presos, enquanto uma mulher está foragida.

A ação contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), da Polícia Militar do Estado de São Paulo, da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da área Botafogo e Copacabana do Núcleo Rio de Janeiro, além do Cyber GAECO do MPSP.

Aumento de golpes semelhantes

O golpe do 'Boa Noite, Cinderela' aplicado para roubar criptomoedas tem se tornado cada vez mais comum. Em 2022, uma brasileira de 41 anos perdeu cerca de R$ 600.000 em criptomoedas em um golpe do Tinder. Casos semelhantes também foram registrados em outros países.

A sofisticação dos golpistas demonstra a importância de estar atento às estratégias utilizadas pelos criminosos. Investidores de criptomoedas devem evitar fornecer informações sensíveis a desconhecidos e ficar alertas em relação a possíveis encontros suspeitos. É essencial buscar conhecimento sobre segurança digital e adotar medidas de proteção para evitar se tornar vítima desses golpes.

Em conclusão, a Operação Medelín realizada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro busca combater um grupo de golpistas que aplicava o golpe 'Boa Noite, Cinderela' em vítimas em potencial encontradas por meio de aplicativos de relacionamento. Os criminosos demonstraram um conhecimento avançado sobre criptomoedas e utilizavam técnicas sofisticadas para ocultar os ativos subtraídos. A atuação do MPRJ e a colaboração entre diferentes órgãos de segurança são essenciais para proteger a população e coibir a ação desses golpistas.

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