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Carros de luxo, ajuda de advogados e empresas de fachada: entenda como quadrilha movimentou R$ 700 milhões com drogas e lavagem de dinheiro

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A Polícia Federal desmantela quadrilha que movimentava R$700 milhões com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro

A Polícia Federal, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, e a Polícia Civil detalharam como atuava uma quadrilha suspeita de movimentar cerca de R$700 milhões com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em cinco anos.

A ação contra esse grupo criminoso aconteceu na manhã desta terça-feira (12), quando os agentes saíram para cumprir 26 mandados de prisão e 39 de busca e apreensão.

As investigações e a atuação da quadrilha

As investigações, que tiveram início em 2022, apontam que a base da quadrilha fica em Ribeirão Preto (SP), cidade de onde os entorpecentes saíam para serem distribuídos a estados do Nordeste, além de Mato Grosso, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Para disfarçar a ilegalidade do lucro com a venda das drogas, obtido principalmente a partir da comercialização de cocaína, os criminosos usavam carros de luxo e empresas de fachada.

Identificação dos envolvidos

Até o momento, 16 dos 26 mandados de prisão já foram cumpridos nesta terça-feira. Quatro pessoas já estavam presas anteriormente, o que totaliza 20 pessoas em custódia.

Os suspeitos de liderar a quadrilha são Fábio Henrique Gomes de Souza, conhecido como Lobinho, que já está preso desde 2014 por tráfico de drogas, e Hendrix Dior Loreilhe, conhecido como Nenê ou Gordão, que foi preso nesta terça.

O advogado de Hendrix, Tuffy Rassi Neto, informou que ainda não teve acesso aos autos do processo por eles estarem em segredo de Justiça. Já a defesa de Lobinho não foi localizada.

Participação de advogados na quadrilha

Além dos traficantes, advogados também foram identificados como atuantes na organização criminosa.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) confirmou que uma advogada foi presa durante a operação desta terça-feira. Trata-se de Brenda Pereira da Silva, esposa de Lobinho.

Segundo o promotor Giullio Chieregatti Saraiva, esses advogados atuavam juridicamente para manter o funcionamento do tráfico.

O advogado de Brenda, Adriano Diógenes Zanardo Matias, afirmou que a cliente foi relacionada aos fatos por ser esposa de Lobinho. A defesa negou a possibilidade de Brenda ter facilitado o contato entre o marido e Hendrix.

A operação policial

A operação, chamada de 'Alcateia', resultou no cumprimento de 26 mandados de prisão e 39 de busca e apreensão.

Foram apreendidos carros de luxo, drogas, relógios, armas e quantias em dinheiro durante as ações.

Segundo a PF, as investigações identificaram 59 integrantes da quadrilha, sendo que os líderes do grupo atuavam em Ribeirão Preto e mantinham contatos com outros criminosos de pelo menos seis estados.

A maior parte da quantia em dinheiro movimentada é resultado da venda de cocaína, de acordo com a Polícia Federal.

A 'Operação Alcateia' também resultou na apreensão de propriedades, veículos e ativos financeiros registrados em nome dos suspeitos, das empresas deles e de terceiros utilizados como intermediários para lavar o dinheiro.

Esta é uma operação de grande importância no combate ao crime organizado e na desarticulação de uma quadrilha que movimentava centenas de milhões de reais com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. As autoridades envolvidas na operação estão de parabéns pelo trabalho realizado.

Informações como esta reforçam a necessidade de ações incisivas e estratégicas para combater o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro, garantindo assim a segurança e a ordem em nossa sociedade.

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