O governo do Rio Grande do Sul inicia a construção de moradias temporárias para famílias afetadas por ciclone
A primeira etapa das obras para a construção de casas temporárias para famílias que perderam suas residências durante o ciclone extratropical que atingiu o estado do Rio Grande do Sul foi iniciada na segunda-feira (2) na cidade de Arroio do Meio, no Vale do Taquari. A previsão é de que as casas sejam entregues em até 60 dias, caso não ocorram chuvas. A área destinada para essas moradias possui cerca de 8 mil m², localizada no bairro Novo Horizonte.
Todas as casas serão pré-fabricadas e entregues mobiliadas. A doação dessas moradias temporárias será realizada pelo Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), em parceria com empresas do ramo da construção civil associadas. O governo se inspirou em vilas de passagem construídas em São Sebastião, no litoral de São Paulo, para criar o modelo das casas temporárias.
Em Estrela, também no Vale do Taquari, já foi designada uma área no bairro Pinheiros para construção de casas, porém, o número de unidades habitacionais ainda será determinado após um levantamento topográfico que será realizado nos próximos dias.
Construção de moradias em outras cidades
O governo informou que a construção de moradias temporárias em outras cidades afetadas pelo ciclone começará após a definição da demanda e das áreas que receberão as casas.
Tragédia das enchentes no Vale do Taquari
Nesta terça-feira (3), completa-se um mês desde que o ciclone extratropical começou a se formar no Rio Grande do Sul. Essa tragédia provocou a destruição de várias cidades no Vale do Taquari, resultando na morte de 50 pessoas e deixando 8 desaparecidos. A maioria das cidades que sofreram danos devido às enchentes estão localizadas na região do Vale do Taquari. Muçum, por exemplo, teve mais da metade das residências totalmente destruídas.
Muitas pessoas foram desabrigadas e tiveram que se alojar em casas de familiares ou abrigos municipais. Além disso, prédios públicos e residências foram completamente arrasados, causando grandes prejuízos para os moradores. O setor agrícola também foi severamente afetado, com perdas nas lavouras. O total de prejuízo estimado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) chega a R$ 1,3 bilhão.
O governo do estado classificou as chuvas do mês de setembro como o pior desastre natural já registrado no Rio Grande do Sul. Anteriormente, outro ciclone também provocou a morte de 16 pessoas em municípios do Litoral e da Região Metropolitana de Porto Alegre. A intensificação da formação de ciclones é atribuída à combinação entre a ação do El Niño e as condições climáticas do estado.
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