O trabalho classificado em segundo lugar no desafio ?De Olho na Nossa Cidade?
O trabalho classificado em segundo lugar no desafio ?De Olho na Nossa Cidade?, realizado em parceria pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP), pela Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Presidente Prudente(Aeaapp) e pela Associação Amigos do Parque do Povo, foi elaborado pelo arquiteto e urbanista Marcos José Martins da Costa e pelo engenheiro civil Eder Martins Menossi e recebeu o título de ?Projeto de Reestruturação e Requalificação do Parque do Povo de Presidente Prudente - SP?.
Contenção de águas pluviais
?O projeto de reestruturação do Parque do Povo se trata da implantação de galerias de retenção em pontos estratégicos que visam conter parcialmente as águas das chuvas e reduzir a velocidade de escoamento, contribuindo diretamente para a prevenção das enchentes devido a redução da quantidade de água escoada para a canalização em dias de chuvas?, explicam os autores.
Plano Piloto
O Plano Piloto, segundo eles, é composto por uma linha de montagem padronizada que viabiliza a instalação das galerias em escalas diferentes e que podem ser executadas individualmente conforme necessidade, espaço livre e recurso financeiro público disponível.
?As galerias contemplam de função social no quesito de uso e ocupação do espaço, sendo equipamento urbano de uso múltiplo como pistas de skate, quadras poliesportivas, espaços de reuniões e uso múltiplos, arquibancadas e espaços de contemplação da paisagem, porém também exercendo a função de galeria de retenção em dias chuvosos?, prosseguem Costa e Menossi.
Outro ponto adicional das galerias, ainda segundo eles, é a filtragem da água no percurso de drenagem para a galeria e na captação e reutilização da água para irrigação da paisagem no próprio parque.
?Devido às cidades estarem em constante transformação e desenvolvimento, inclusive no uso e ocupação no solo, novas galerias podem ser implantadas posteriormente conforme o aumento da quantidade de escoamento superficial ao longo dos anos?, pontuam.
Galerias subterrâneas
Nas áreas com menor espaço livre, o Plano Piloto possibilita a implantação da galeria subterrânea com espelho d'água, de modo que, além de espaço de contemplação, também auxiliará como nível medidor da galeria subterrânea, facilitando o diagnóstico do sistema e previsibilizando as manutenções periódicas.
Por se tratar de um Plano Piloto exequível em diferentes escalas, o custo da galeria pode variar de R$ 1 milhão a R$ 20 milhões, a depender de seu tamanho, de acordo com os autores.
Dimensionamento das galerias
?A quantidade de galerias e suas dimensões serão dimensionadas a partir da área disponível de cada ponto de intervenção. O dimensionamento das galerias será por meio do método racional com formulas específicas, levando em consideração: a bacia do Córrego do Veado como um todo; o uso e a ocupação do solo com coeficiente máximo de ocupação ?Coeficiente de Run Off?; índice de precipitação local já registrado e tempo de recorrência, e Topografia com os desníveis da bacia?, afirmam.
?A proposta do Plano Piloto visa justamente a questão da adequação ao espaço livre disponível, e recurso financeiro público, por se tratar de uma proposta que pode ser executada em escalas diferentes e de forma singular, as galerias podem ser implantadas uma a uma e a quantidade de galerias conforme a necessidade, e abrindo leque para a implantação de novas galerias conforme aumentar o escoamento superficial devido a expansão da malha urbana da bacia do Córrego do Veado?, definem Marcos José Martins da Costa e Eder Martins Menossi.
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