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Paulistanos se deslocam com dificuldade em dia de greve no Metrô e CPTM

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Greve de servidores estaduais causa dificuldades de deslocamento na Grande São Paulo

Na manhã desta terça-feira (28), moradores da Grande São Paulo enfrentam dificuldades para se deslocar em razão da greve de servidores estaduais, incluindo metroviários e ferroviários. O protesto é contra a privatização de empresas e órgãos públicos.

Transporte público afetado

Estão completamente paralisadas as linhas 15-Prata do metrô e 10-Turquesa do trem. As demais linhas do metrô funcionam parcialmente. No trem, a linha 12-Safira e 13-Jade estão com operação normal e as linhas 7-Rubi e 11-Coral têm funcionamento parcial. As linhas de transporte metropolitano concedidas à iniciativa privada, 4 e 5 do metrô e 8 e 9 de trens metropolitanos, operam normalmente.

Impacto no trânsito

O trânsito na capital está acima da média nesta manhã, segundo monitoramento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), com 521 quilômetros (km) de filas. A pior situação é na zona leste, com 170 km de engarrafamento.

Dificuldades de deslocamento

Muitos moradores estão enfrentando grandes dificuldades para se locomover. A recepcionista Vanessa Dias, 44, relatou que teve que fazer um trajeto mais longo do que o habitual. Ela saiu de Embu das Artes e teve que ir até a estação Luz para conseguir chegar ao trabalho, no bairro Barra Funda. Sua empresa vai pagar um carro por aplicativo para que ela possa completar o trajeto.

A encarregada operacional Adriana Galvão, 41, também teve que fazer um trajeto complicado para chegar ao trabalho. Ela precisou pegar ônibus, carona e trem para chegar à estação Luz, e ainda vai precisar de um carro por aplicativo para chegar à sua empresa, localizada em Santana, na zona norte.

O engenheiro Carlos André Teixeira, 25, costuma utilizar a Linha 7-Rubi para se deslocar até o bairro Perdizes. No entanto, hoje não conseguiu fazer o trajeto necessário. Ele afirma que se a linha estivesse funcionando com catraca livre, seria melhor.

Propostas e negociação

Uma das propostas dos sindicatos para manter a operação das linhas durante a greve foi a liberação das catracas para a população. No entanto, a Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos considerou que isso traria riscos de tumultos e acidentes graves nas estações. O governo do estado considera a greve ?abusiva e política?.

A presidente do sindicato dos metroviários, Camila Lisboa, defende a legitimidade da greve e afirma que ela não foi considerada ilegal pela Justiça. Segundo ela, a proposta de operar o metrô com catraca livre foi recusada pelo governador Tarcísio de Freitas, o que demonstra que ele não está preocupado com a população.

Liminar e multas

Nesta terça-feira, uma liminar concedida pelo desembargador Marcelo Freire Gonçalves determinou que os trabalhadores da Companhia do Metrô mantenham 80% do efetivo em atividade no horário de pico e 60% nos demais períodos. Para a CPTM, a operação deve ser de 85% do efetivo nos horários de pico e 60% nos demais intervalos. Multas diárias foram estipuladas em caso de descumprimento.

Implicações da privatização

O governo de Tarcísio de Freitas tem planos de privatizar diversas empresas e órgãos públicos, incluindo a Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (Sabesp), a Fundação Casa e a Linha 7 da CPTM. Na área da educação, o sindicato pede que o governo recue da proposta de alterar a Constituição paulista, o que resultaria em cortes no orçamento do setor.

Considerações finais

A greve dos servidores estaduais está causando grandes dificuldades de deslocamento na região metropolitana de São Paulo. Com linhas de transporte público paralisadas e trânsito congestionado, a população enfrenta obstáculos para chegar ao trabalho e realizar suas atividades diárias. As propostas dos sindicatos para manter a operação das linhas durante a greve foram recusadas pelo governo, que considera a paralisação abusiva. A liminar e as multas impostas aos trabalhadores visam garantir um mínimo de serviço durante o período de greve. Enquanto isso, os planos de privatização do governo geram polêmica e preocupações quanto ao futuro dos serviços públicos.

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