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Jornalista canadense e cineasta denunciam terem sido agredidos e roubados em área de conflito entre indígenas e fazendeiros em MS

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Fotojornalista, cineasta e engenheiro florestal são agredidos em conflito indígena em Iguatemi (MS)

O fotojornalista canadense Renaud Philippe, a cineasta e antropóloga Ana Carolina Porto e o engenheiro florestal Renato Farac Galata denunciaram terem sido vítimas de uma série de agressões causadas por um grupo de homens, alguns deles encapuzados, em uma área de conflito entre indígenas e fazendeiros, em Iguatemi (MS), nessa quarta-feira (22).

O caso só veio a tona, nesta quinta-feira (23), após o grupo relatar as agressões sofridas nas redes sociais.

O trio estava em Mato Grosso do Sul para produzir um documentário sobre o conflito entre indígenas e produtores rurais na região.

Na denúncia, o trio relata que, durante a tarde desta quarta, participavam da Assembleia da Aty Guasu - reunião entre lideranças dos povos indígenas de todo Brasil, realizada em Caarapó (MS), - quando souberam de um suposto conflito na Comunidade Pyllitokoe, em Iguatemi. O trio decidiu ir até lá.

Antes de chegarem no local, a equipe teria sido surpreendida por um grupo de cerca de 30 homens armados com faca e pistolas. "O que aconteceu foi que umas trinta pessoas, a maioria com algo na cabeça, vieram até nós com camionetes e armas. Eles simplesmente bateram em nós e levaram tudo, minha câmera, passaporte, celular, tudo", comentou o fotojornalista em vídeo.

Ana Carolina, que é esposa de Renaud, disse ter sido xingada e agredida fisicamente.

Além das agressões e dos xingamentos, os suspeitos teriam roubado todos os equipamentos do casal. O prejuízo financeiro é de mais de 10 mil dólares, segundo as vítimas.

Indígenas da região de Iguatemi afirmam que o local não é seguro por causa das disputas fundiárias.

O boletim indica que após terem sido agredidos e roubados, o trio foi liberado pelos suspeitos.

Segundo o The Invest News apurou, Ana Carolina, Renaud e Renato seguiram para Amambai (MS), onde registraram a Ocorrência.

O caso é acompanhado e investigado pelas Polícias Federal e Civil e pela Defensoria Pública da União (DPU).

Em nota, a Polícia Federal informou que acompanha o caso, diz ter feito diligências em locais próximos à aldeia e instaurado uma Notícia de Crime em Verificação (NCV). A Polícia Civil também apura o caso.

Ana Carolina e Renaud afirmam ter passado por uma equipe de polícia do Departamento de Operações da Fronteira (DOF) antes de chegar ao local da disputa entre indígenas e fazendeiros.

O Governo de Mato Grosso do Sul confirmou que o trio foi abordado pelos policias.

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