A colheita de cana-de-açúcar no Brasil atinge novo recorde histórico
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou em 3,8% sua estimativa para a colheita de cana no país nesta safra 2023/24. A nova projeção aponta para 677,6 milhões de toneladas, 24,6 milhões a mais do que o indicado em agosto e volume 10,9% superior ao do ciclo 2022/23.
O aumento da oferta reflete as condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento das lavouras e os investimentos realizados por usinas e produtores. Se confirmado o novo dado, será um novo recorde histórico na produção de cana-de-açúcar no Brasil.
Aumento da produtividade na região Sudeste
A região Sudeste, que concentra a maior parte da produção nacional de cana-de-açúcar, foi onde a revisão foi mais acentuada. Segundo a Conab, apesar de a área colhida ser menor do que na safra anterior, devido aos investimentos em renovação dos canaviais, a produtividade média vai aumentar.
Produção de açúcar impulsionada por preços elevados no mercado internacional
Os preços elevados do açúcar no mercado internacional seguem estimulando a produção do adoçante no Brasil. A expectativa é que o país produza 46,8 milhões de toneladas de açúcar na safra 2023/24, com aumentos de 27% em relação ao ciclo anterior e de 14,6% acima da projeção de agosto. Se confirmada, será a maior produção da série histórica da Conab.
Aumento na produção de etanol
A produção total de etanol deverá crescer 9,9% na comparação com a safra passada e chegar a 34,05 bilhões de litros. O novo número também representa um incremento de 0,66% sobre o volume apontado em agosto.
Do total de etanol produzido, 82,2% será proveniente da cana-de-açúcar e 17,8% do milho. Na temporada passada, o biocombustível da cana representou 85,6% do total, enquanto o de milho ficou com uma fatia de 14,4%.
Aumento da produção de etanol de milho
A Conab destaca que o aumento da produção de etanol de milho é resultado do planejamento e dos investimentos realizados na região Centro-Oeste. Contudo, com os preços do açúcar em alta no mercado externo e as cotações do etanol menos remuneradoras no mercado doméstico, as usinas de cana têm se esforçado para extrair o máximo do adoçante de seus canaviais.
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