Alopecia androgenética: mitos e verdades sobre a calvície
Quem acorda de manhã e nota fios de cabelo no travesseiro, ou percebe o pente cheio de cabelo, ou junta um chumaço de cabelos no banho começa a se preocupar e a se perguntar: será que estou ficando careca? O risco de ter a alopecia androgenética, ou calvície, assusta muita gente, principalmente os homens ? mas pode acontecer também em mulheres.
Por isso mesmo, existem muitos mitos e verdades que cercam esse assunto: boné aumenta a calvície? Raspar a cabeça piora? Tem algum alimento que faz crescer cabelo? E dormir de cabelo molhado... faz cair o cabelo?
Quem vai responder essas e outras dúvidas e contar para gente as novidades no tratamento da calvície é a dermatologista Paula Tommaso, da Santa Casa do Rio de Janeiro, que é especialista em medicina capilar.
O que é alopecia androgenética?
A alopecia androgenética é uma condição genética que afeta tanto homens quanto mulheres. É caracterizada pela queda progressiva dos fios de cabelo, principalmente na região frontal e no topo da cabeça. A principal causa é a sensibilidade dos folículos capilares aos hormônios andrógenos, como a di-hidrotestosterona (DHT).
Ao contrário do que muitos pensam, a calvície não é causada apenas por fatores hereditários. Embora a predisposição genética seja um fator importante, outros elementos, como o estilo de vida, o estresse, as alterações hormonais e a alimentação, também podem contribuir para o seu desenvolvimento.
Mitos e verdades sobre a calvície
Mito: Usar boné causa calvície
Verdade. O uso excessivo de boné pode sim agravar a queda de cabelo em pessoas predispostas à calvície. O acessório pode abafar o couro cabeludo, favorecer o acúmulo de suor e obstruir os poros, impedindo o crescimento saudável dos fios.
Mito: Raspar a cabeça piora a calvície
Mito. Raspar a cabeça não afeta a saúde do cabelo ou o crescimento dos fios. Na verdade, muitas pessoas optam por raspar a cabeça para disfarçar a calvície, pois a ausência de cabelos curtos pode criar a ilusão de que há mais cabelo na região.
Mito: Alimentos específicos fazem crescer cabelo
Mito. Não existe um alimento específico que possa fazer crescer cabelo. No entanto, uma dieta equilibrada e rica em nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais e proteínas, pode contribuir para a saúde dos fios e do couro cabeludo.
Mito: Dormir de cabelo molhado causa queda de cabelo
Mito. Dormir de cabelo molhado não causa diretamente a queda de cabelo. No entanto, dormir com o cabelo úmido pode deixá-lo mais frágil e propenso a quebra, principalmente se for esfregado ou penteado bruscamente durante o sono.
Novidades no tratamento da calvície
O avanço da medicina capilar tem trazido diversos tratamentos eficazes para a calvície. Além dos medicamentos tópicos, como o minoxidil e o finasterida, existem outras opções como a terapia a laser de baixa intensidade, mesoterapia capilar e transplante capilar.
A terapia a laser de baixa intensidade, também conhecida como laserterapia, utiliza a luz para estimular os folículos capilares e promover o crescimento dos fios. A mesoterapia capilar consiste na aplicação de substâncias ativas diretamente no couro cabeludo, visando fortalecer os fios e estimular o seu crescimento.
O transplante capilar é uma técnica cirúrgica em que folículos capilares são retirados de áreas doadoras e transplantados para áreas receptoras, possibilitando o crescimento de novos fios. É uma opção eficaz para casos mais avançados de calvície.
Conclusão
A calvície, ou alopecia androgenética, é uma condição que afeta muitas pessoas e pode gerar preocupação e ansiedade. É importante separar os mitos das verdades e buscar informações atualizadas sobre o assunto. O tratamento da calvície tem evoluído ao longo dos anos, oferecendo opções eficazes para retardar a queda de cabelo e estimular o crescimento dos fios.
Consultar um dermatologista especializado em medicina capilar é fundamental para receber um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado. Com cuidados adequados e acompanhamento médico, é possível lidar com a calvície de forma eficiente e minimizar seus efeitos na qualidade de vida.
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